O famoso Caso Watergate, onde o controverso ex-presidente norte-americano Richard Nixon perdeu o cargo por ver seu nome envolvido diretamente em espionagens políticas, é o mote desse maravilhoso thriller político baseado no livro escrito pelos jornalistas Bob Woodward e Carl Bernstein (interpretados respectivamente por Robert Redford e Dustin Hoffman). O maior mérito do americano Alan J. Pakula ao dirigir Todos os Homens do Presidente foi transpassar ao público com maestria a enorme abrangência do escândalo, recriando a atmosfera instável da época através de um registro histórico memorável. Dentro do que se propõe: é impecável no cristalino objetivo de retratar o Caso Watergate tão detalhadamente quanto o pouco mais de duas horas de duração da película permitiram. Leia-se que o duelo branco entre Redford e Hoffman, protagonistas cinematográficos de toda uma geração, acrescenta, E MUITO, ao filme. Tão voluntariosas quanto impetuosas, poder-se-ia dizer que ambas as performances carregaram o time nas costas caso não fosse injusto negligenciar o poder do roteiro (nem sempre casos bombásticos como esse são retratados de maneira tão exemplar na telona), da direção firme e precisa aliada ao compromisso com a verdade. Não é mais um filme sobre jornalismo, nem apenas uma outra obra sobre a política e seus complicados meandros. É a união genial de elementos cinematográficos selecionados a dedo em prol do nobre objetivo de provar que a sétima arte pode ser tão produtiva culturalmente quanto queiram emissor e receptor. É a prova de que o cinema não precisa ser “cult”, na acepção da palavra, para fugir da prateleira dos “enlatados”. Leia mais: http://www.unificado.com.br/calendario/08/watergate.htm
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