Dentre as muitas fórmulas surgidas até hoje na sétima arte, a do road-movie certamente possui um dos menores indices de rejeição. Essa jornada de auto-conhecimento de um jovem, escrita e dirigida brilhantemente por Sean Penn, não foge à regra. Emile Hirsch é Christopher McCandless, um recém-graduado de direito que tem uma crise de identidade motivada pelo culto ao materialismo exercido por seus pais, os Academy Award Winners William Hurt e Marcia Gay Harden. Encurralado pela promessa de um novo carro, oferecido por seus pais, e seu ingresso no mundo dos engravatados (uma pós-graduação, também financiada pelos McCandless), Chris toma a decisão mais improvável: doa os 24 mil dólares de sua tuição e planeja uma viagem ao Alaska. Durante o périplo, alguns flashbacks são inseridos, como o período em que Alexander Supertramp (pseudônimo do nosso viajante) trabalhou em uma fazenda junto com seu amigo e chefe Wayne (Vince Vaughn), com quem ele continua mantendo contato. Também conhecemos uma família que viaja o país em seu trailer, composta pela ótima Catherine Keener e seu marido Brian Deeker. Um dos momentos mais emocionantes se passa quando há um choque de gerações entre Alex e Ron, um simpático e solitário velhinho que também presta ajuda ao mochileiro. A troca de experiências e a profundidade das emoções presenciadas é realmente digna de aplausos. Palmas para os atores e para Penn, que soube extrai-las como poucos. Pode parecer que você já assistiu esse mesmo filme muitas vezes, mas não faz mal. Sentir-se bem nunca é demais.
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